Como chegar ao CIATI

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quarta-feira, 31 de março de 2010

Médico Geriatra


Medicina geriátrica ou Geriatria é o ramo da medicina que foca o estudo, a prevenção e o tratamento de doenças e da incapacidade em idades avançadas.

Geriatras são médicos especializados no cuidado com o idoso e têm a sua formação variável em diferentes países, mas geralmente esta passa por uma formação generalista (medicina interna, medicina de família, etc.) e a seguir são treinados nos aspectos específicos da saúde do idoso. Em geral os geriatras têm de passar por um exame de qualificação para a especialização para obter um título ou certificado de especialista.

O envelhecimento

O envelhecimento pode ser explicado por dois conceitos distintos:

1.Conceito Simplista: é o processo pelo qual o jovem se transforma em idoso.
2.Conceito Biológico: são fenômenos que levam à redução da capacidade de adaptação sobrecargas funcionais.
Com o envelhecimento, ocorre a homeostenose – declínio estimado em algumas funções – e há uma maior vulnerabilidade à doenças como: infecções, doenças cardiovasculares, neoplasias malignas, dentre outras.

De acordo com a cronologia, em países em desenvolvimento o idoso é o indivíduo que tem 60 anos de idade ou mais. E em países desenvolvidos, o indivíduo que tem 65 anos de idade ou mais. Os indivíduos considerados muito idosos são aqueles que possuem 80/85 anos de idade ou mais. No entanto, com o intuito de permitir comparações mais diretas entre países, a Organização Mundial da Saúde tem normatizado a idade de 65 anos para pessoas provenientes tanto de países desenvolvidos como em países em desenvolvimento.

A capacidade funcional ao longo da vida vai reduzindo, na terceira idade é importante manter independência e prevenir incapacidade, por isso, reabilitar e garantir qualidade de vida. O processo natural de envelhecimento associado às doenças crônicas é o responsável pela limitação do idoso.

Nesta fase da vida é importante focar sempre na prevenção, pois nem sempre o indivíduo irá manifestar sintomas de doença, até o idoso aparentemente saudável requer cuidados, pois as manifestações de doenças nos idosos são: atípicas, sub-clínicas, os sintomas são inespecíficos e geralmente não relatados, o início é insidioso e é muito fácil “perder” um diagnóstico. As principais ocorrências no idoso são (os gigantes da geriatria - 5I: instabilidade, incontinência, iatrogenia, imobilidade e insuficiência): imobilidade, insuficiência cognitiva, iatrogenia, instabilidade e quedas, incontinência, delírio, demência e depressão.

Objetivos da Geriatria

Manutenção da Saúde em idades avançadas
Manutenção da funcionalidade
Prevenção de doenças
Detecção e tratamento precoce
Máximo grau de independência
Cuidado e apoio durante doenças terminais
Tratamentos seguros

Prevenção de doenças nos idosos

O planejamento para a prevenção de doenças nos idosos consiste em:

Corrigir os hábitos deletérios (alimentação não balanceada, inatividade física, tabagismo, obesidade, abuso de drogas);
Postergar diagnósticos e tratamento adequado das doenças;
Usar medicamentos racionalmente (prescrição consciente, início e término, respeito à orientação, uso x abuso, evitar auto-medicação, efeitos “mágicos”);
Equilibrar os ambientes emocionais;
Ampliar a rede de suporte social(rede de apoio);
Não deixar que o idoso crie expectativas. Rejeitar a fantasia do “rejuvenescimento ou da eterna juventude”;
Estimular a prática de atividade física aeróbica, para o aumento de resistência, força e flexibilidade, bem como unir os benefícios físicos aos sociais;
Adequar o ambiente doméstico, diminuindo assim o risco de acidentes como quedas e suas conseqüências, muitas vezes de prognóstico sombrio;
Educar os cuidadores dos idosos dependentes, bem como reconhecer o seu adoecimento;
Estar atento aos sinais de maus tratos e denunciá-los;

Termos adicionais

Senescência: envelhecimento normal
Senilidade: envelhecimento patológico
Gerontologia: estudo do envelhecimento

Fonte: Wikipedia

18 de Outubro é considerado o dia do médico em muitos países, como Brasil, Portugal, França, Espanha, Itália, Bélgica, Polônia, Inglaterra, Argentina, Canadá e Estados Unidos. Esta data foi escolhida por ser o dia consagrado a Lucas, o "amado médico", segundo o apóstolo Paulo.


Lucas teria estudado medicina em Antioquia, além de ser pintor, músico e historiador; um dos mais intelectuais discípulos de Cristo. A tradição de ter Lucas como o patrono dos médicos se iniciou por volta do século XV.
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quarta-feira, 24 de março de 2010

Enfermeira


Enfermagem é a arte de cuidar e também uma ciência cuja essência e especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo de forma autônoma ou em equipe atividades de promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde.

Dia 12 de maio comemora-se mundialmente o Dia do Enfermeiro, em referência a Florence Nightingale, um marco da enfermagem moderna no mundo e que nasceu em 12 de maio de 1820.

Já no Brasil, além do Dia do Enfermeiro, entre os dias 12 e 20 de maio, comemora-se a Semana da Enfermagem, data instituída em meados dos anos 40, em homenagem a dois grandes personagens da Enfermagem no mundo: Florence Nigthingale e Ana Néri, enfermeira brasileira e a primeira a se alistar voluntariamente em combates militares.


A profissão tem sua origem milenar e data da época em que ser enfermeiro era uma referência a quem cuidava, protegia e nutria pessoas convalescentes, idosos e deficientes.

Durante séculos, a Enfermagem vem formando profissionais em todo o mundo, comprometidos com a saúde e o bem-estar do ser humano.

Só no Brasil, são mais de 100 mil enfermeiros, além de técnicos e auxiliares de enfermagem, que somam cerca de 900 mil profissionais em todo país. Essas variações de cargos fazem com que mais profissionais se juntem ao setor e a novas possibilidades de trabalho nesta área.

Origem da Profissão
Desde os tempos do Velho Testamento, a profissão de enfermeiro já era reconhecida por aqueles que cuidavam e protegiam pessoas doentes, em especial idosos e deficientes, pois nessa época, tais atitudes garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência.

Nessa época e durante muitos séculos, a enfermagem estava associada ao trabalho feminino, caracterizado pela prática de cuidar de grupos nômades primitivos.

Com o passar dos tempos, as práticas de saúde evoluíram e, entre os séculos V e VIII,
a Enfermagem surge como uma prática leiga, desenvolvida por religiosos como se fosse mais um sacerdócio. Sendo assim, tornou-se uma prática indigna e sem atrativos para as mulheres da época, pois consideravam o trabalho como um serviço doméstico, o que atestava queda dos padrões morais que sustentavam, até então, o trabalho da enfermagem.

Mesmo com essa crise da profissão, a evolução do trabalho associado ao reconhecimento da prática, em meados do século XVI, a Enfermagem já começa a ser vista como uma atividade profissional institucionalizada e, no século XIX, vista como Enfermagem moderna na Inglaterra.

A partir daí, foram catalogadas definições e padrões para a profissão e a ANA (American Nurses Association) define a Enfermagem como "uma ciência e uma arte, levando em consideração que o objetivo principal do trabalho é o de cuidar dos problemas reais de saúde, por meio de ações interdependentes com suporte técnico –científico, bem como reconhecer o papel significativo do enfermeiro de educar para saúde, ter habilidades em prever doenças e o cuidado individual e único do paciente".

De onde vem o nome Enfermeiro
A palavra Enfermeira/o se compõe de duas palavras do latim: “nutrix”, que significa Mãe, e do verbo “nutrire”, que tem como significados criar e nutrir. Essas duas palavras, adaptadas ao inglês do século XIX, acabaram se transformando na palavra NURSE que, traduzida para o português, significa Enfermeira.

Enfermeiras Famosas
Nos últimos três séculos, alguns nomes da Enfermagem mundial tornaram-se referência da história da profissão e dos ensinamentos que sua prática propaga através dos tempos.

Imortalizadas, algumas delas como Florence e Ana Néri, ainda servem como fonte de inspiração para novos profissionais, para estudiosos, romancistas e interessados na profissão de Enfermeiro.

Florence Nightingale – Dama da Lâmpada
Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança - o que lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas idéias. Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano, além do grego e do latim. Em 1845, em Roma, no desejo de realizar-se como enfermeira, estudou as atividades das Irmandades Católicas e, em 1849, fez uma viagem ao Egito, onde decide servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas. Seu primeiro papel como enfermeira de guerra foi em 1854, na Guerra da Criméia.

Durante os combates da Guerra da Criméia, os soldados fizeram de Florence o seu anjo da guarda pois, de lanterna na mão, percorria as enfermarias dos batalhões e acampamentos, atendendo os doentes, o que a fez ficar conhecida mundialmente como Lady With The Light.

Ao retornar em 1856, adoentada pelo tifo, Florence recebe um prêmio em dinheiro do governo inglês, em reconhecimento ao seu trabalho. Ela usa o dinheiro e dá início à Primeira Escola de Enfermagem, fundada no Hospital Saint Thomas, em 1859, e que passou a servir de modelo para as demais escolas que vieram depois.

Ana Néri
Ana Justina Ferreira nasceu em 1813, na Cidade de Cachoeira, na Bahia. Sua vocação como enfermeira começou em meados de 1864, quando seus dois filhos, um médico militar e um oficial do Exército, foram convocados para a Guerra do Paraguai (1864-1870). Ana Néri não resiste à separação da família e coloca-se à disposição do governo para ir à guerra, sendo considerada a primeira enfermeira voluntária do Brasil.

A atuação de Ana Néri na guerra, junto aos feridos, foi incansável. Desdobrou-se como enfermeira, ministrando medicamentos e proporcionando alívio e conforto aos doentes.
Após cinco anos de guerra, Néri retorna ao Brasil e o Governo Imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e de campanha; e no período já republicano, o nome Ana Néri foi dado à primeira Escola de Enfermagem oficializada pelo Governo Federal, em 1923, pertencente à Universidade do Brasil. Ana Néri faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de maio de 1880, aos sessenta e seis anos

Brasileiras na Segunda Guerra Mundial
Nem só os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) ficaram imortalizados durante a Segunda Guerra Mundial. Uma comitiva de mais de 100 enfermeiras brasileiras partiu para o front para auxiliar os postos de emergência e para ajudar e facilitar a comunicação entre soldados e oficiais do Exército americano com os do Exército brasileiro, pois os dois países eram aliados na guerra.

O conhecimento que fundamenta o cuidado de enfermagem deve ser construído na intersecção entre a filosofia, que responde à grande questão existêncial do homem, a ciência e tecnologia, tendo a lógica formal como responsável pela correção normativa e a ética, numa abordagem epistemológica efetivamente comprometida com a emancipação humana e evolução das sociedades.

No Brasil, o enfermeiro é um profissional de nível superior da área da saúde, responsável inicialmente pela promoção, prevenção e na recuperação da saúde dos indivíduos, dentro de sua comunidade. O enfermeiro é um profissional preparado para atuar em todas as áreas da saúde: assistencial, administrativa e gerencial. Dentro da enfermagem, encontramos o auxiliar de enfermagem (nível fundamental) e o técnico de enfermagem, (nível médio) ambos confundidos com o enfermeiro, entretanto com funções distintas, possuindo qualificações específicas.

Na maioria dos países, (ex: Portugal) não existem estas subdivisões. O enfermeiro de cuidados gerais exerce todas as funções inerentes ao seu cargo, previsto na carreira de enfermagem, não existindo desta forma duvidas quanto à função de cada elemento da equipe multidisciplinar. Todos os enfermeiros possuem, pelo menos, uma licenciatura em ciencias de enfermagem.

Prestam assistência ao paciente ou cliente em clínicas, hospitais, ambulatórios, empresas de grande porte, transportes aéreos, navios, postos de saúde e em domicílio, realizando atendimento de enfermagem; coordenam e auditam serviços de enfermagem, implementam ações para a promoção da saúde junto à comunidade.

O enfermeiro está apto a prescrever, salvo com critérios de cada instituições que elaboram protocolos específicos com medicações padronizadas pelos médicos.

Enfermagem Geriátrica

O envelhecimento é um processo biopsicossocial complexo. Muitas vezes, discriminado devido à ênfase cultural direcionada aos jovens. O profissional enfrenta desafios particulares, devido à diversidade da saúde física, cognitiva e psicossocial dos pacientes.

Antes de fazer uma avaliação de saúde, o profissional de conhecer os achados normais esperados da avaliação física e psicossocial do idoso e deve levar em consideração a mudanças normais do envelhecimento. Uma comparação entre os achados esperados e os reais evita que o profissional se concentre e dados de avaliação anormais.

Para dar assistência de enfermagem correta e individualizada, o profissional deve aprender a distinguir entre mito e realidade e ser capaz de identificar os pontos e as limitações de seu paciente.
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Técnicos de Enfermagem - Cuidadores de Idosos - 24hs por dia


O Ciati - Centro Interprofissional de Atendimento à Terceira Idade, prima por estar sempre trabalhando na busca do máximo da qualidade e com seus profissionais especializados. No caso dos Técnicos de Enfermagem 24hs por dia, são também especializados em Cuidadores de Idosos, o que faz termos a segurança e a tranquilidade de podermos ter colaboradores que sabem e gostam de trabalhar numa área onde a atenção e o carinho para com os nossos clientes que estão na Terceira Idade.

Os idosos merecem sempre os melhores e maiores cuidados, mas esses cuidados tem que estarem acompanhados de excelentes profissionais, que sabem como e com setimentos vituosos que fazem sentí-los seguros, tal como não só a administração, mas principalmente a família.

Para entenderem o por que dessa nossa ênfase quanto à os profissionais Técnicos de Enfermagem e com especialização em Cuidadores de Idosos, segue abaixo um pouco sobre as profissões e o por que do CIATI ter essas especializações 24 hs prestando seus serviços na empresa. Ou seja ter um técnicos de enfermagem é o básico, mas ter esses profissionais especializados é o que faz a diferença.

TÉCNICO DE ENFERMAGEM

Os profissionais Técnicos em Enfermagem com exercício regulamentado por lei, integram uma equipe que desenvolve, sob a supervisão da Enfermeira, ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação referenciadas nas necessidades de saúde individuais e coletivas, determinadas pelo processo gerador de saúde e doença.
Os profissionais deverão apresentar: bom relacionamento interpessoal, senso crítico-reflexivo e autocrítica, iniciativa, flexibilidade, senso de observação acurado, capacidade de autogestão, dinamismo, criatividade, equilíbrio emocional, abstração, raciocínio lógico e realizar assistência humanizada.

CUIDADORES DE IDOSOS

Com o aumento da expectativa de vida, passou a ser natural viver até os 90 anos, mas a sociedade ainda não está preparada para essa mudança. Não bastam habilidades com o transporte e alimentação dos idosos. A primeira virtude que um cuidador de idoso deve ter é a paciência. Tem que ter sensibilidade para entender e aceitar as diferenças culturais.

Envolve técnicas de higiene, como desenvolver atividades físicas que ajudem a prevenir doenças ou melhorar a condição de vida daqueles que já têm algum tipo de enfermidade, como Alzheimer ou mal de Parkinson. Também são trabalhadas maneiras adequadas de comunicação. Nada de chamar de "vovô ou vovó", porque isso gera confusão e pode agravar um quadro de degeneração psíquica. "Uma das orientações é sempre chamar o idoso pelo nome e anunciar quem acabou de chegar, identificando o grau de parentesco, de maneira clara objetiva".

Falar de frente, tocar enquanto conversa e pronunciar de uma maneira agradável, para que o idoso possa inclusive fazer leitura labial, caso tenha dificuldades auditivas. Mesmo havendo dificuldades no convívio social, o cuidador deve mostrar à família que é necessário manter o pai ou a mãe nos eventos da rotina, como ir à igreja. O isolamento gera depressão, o que agrava qualquer processo degenerativo. Quando há diagnóstico de mal de Parkinson, é possível trabalhar alguns exercícios simples que melhoram inclusive o humor do assistido. "Ele ou ela pode treinar a coordenação motora todos os dias, durante alguns minutos, ao tentar pegar uma moeda ou um grão de feijão. Também é indicado a realização de colagens e fazer caminhada numa linha reta".

Cabe ao cuidador observar algumas questões importantes na vida do idoso: o carinho e atenção dos familiares e a organização da casa. Piso escorregadio, tapetes soltos, cantos de mesa, altura da cama, se o quarto fica no piso térreo (é o indicado), banheiro com antiderrapante e barras de proteção, para que o idoso possa se apoiar ao tomar banho e se sentar no vaso. Para aqueles assistidos que estejam acamados, em razão de um acidente vascular cerebral (AVC), podem ser realizadas técnicas de banho no leito, em que o cabelo pode inclusive ser lavado adequadamente sem molhar a cama.

Profissão - Apesar de estar enquadrado pelo Ministério do Trabalho como uma categoria dentro da área de trabalhador doméstico, esse profissional não deve ser confundido com faxineira ou cozinheira, pois se fica incumbido de outros afazeres acaba não dando a devida atenção a quem realmente precisa. Em caso de acidentes, poderá ser inclusive responsabilizado. Também jamais deve fazer às vezes de enfermeiro ou técnico de enfermagem, a não ser que esteja devidamente capacitado para isso. Não pode ministrar remédios, fazer curativos ou aferir pressão arterial. Mesmo tendo sido reconhecido como uma profissão há 6 anos, junto com o advento do Serviço Social, ainda não foi regulamento como tal. Por enquanto, é apenas uma atividade profissional.

Envelhecimento - A população com mais de 70 anos vai quintuplicar no país até 2050 chegando a 34,3 milhões pessoas. Projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam para um crescimento de 440% nessa faixa etária, bem acima do avanço de 53% da população total, que alcançará 259,8 milhões ao fim do período.

Com informações do Senac e COFEN
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Nutricionista

O nutricionista é um profissional da área da saúde capacitado a atuar visando à segurança alimentar e à atenção dietética. Estuda as necessidades nutricionais de indivíduos ou grupos para a promoção, manutenção e recuperação da saúde. Trabalha no âmbito da Nutrição Humana e Alimentação, interpretando e compreendendo fatores biológicos, sociais, culturais e políticos para criar soluções que garantam uma melhor qualidade de vida para as pessoas em todos os ciclos da vida.

CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO NA TERCEIRA IDADE

A terceira idade inicia-se em torno dos 65 anos de idade, mas muitos fatores influenciam na velocidade e intensidade do processo de envelhecimento de cada um. Dentre estes podemos citar a alimentação, o meio ambiente, estilo de vida, o hábito de fumar, a alimentação, a prática de atividade física, a depressão, o stress, etc.

A escolha de alimentos e os hábitos alimentares dos idosos são afetados não apenas pela preferência, mas também pelas transformações que acompanham a experiência de envelhecer em nossa sociedade. Se as pessoas vivem sós, com familiares ou em instituições, tudo isso afeta o que elas comem.

Exemplos de mudanças físicas provocadas pelo envelhecimento que afetam a nutrição

• Trato digestório: Os intestinos perdem força muscular, o que resulta em motilidade retardada levando a constipação. Inflamação do estômago, crescimento bacteriano anormal e grande redução do débito de ácido prejudicam a digestão e absorção. As dores podem causar recusa de alimentos ou ingestão reduzida.
• Composição corporal: Perda de peso e declínio da massa corporal magra levam a necessidades diminuídas de calorias. Pode ser evitável ou reversível com a prática de atividades físicas.
• Órgãos sensitivos: A diminuição dos sentidos do olfato e paladar podem reduzir o apetite; visão diminuída pode dificultar a compra e a preparação dos alimentos.
• Hormônios: Por exemplo, o pâncreas secreta menos insulina, e as células tornam- se menos responsivas, causando metabolismo anormal de glicose. É preciso cuidado para desenvolver um caso de diabetes.

O alimento é fundamental para a manutenção de todos os nossos processos vitais. Ele nos fornece a energia necessária para a manutenção destes processos. Uma dieta adequada é aquela que assegura a ingestão equilibrada de açúcares, gorduras, proteínas, fibras, vitaminas e sais minerais, além de água.

Todo alimento possui vários nutrientes, e estes nutriente exercem uma função no


organismo. Portanto os alimentos são classificados em grupos de acordo com a quantidade de nutrientes que possuem, e a função que exercem.

As funções dos alimentos são classificadas em: energética, construtora e reguladora.

Função Energética

Uma das funções dos alimentos é a de fornecer energia que funciona como combustível para exercermos as mais diversas atividades (andar, falar, respirar, para o coração bater, etc.)
Portanto os alimentos que mais fornecem energia são os que possuem quantidades elevadas de carboidratos e gorduras.

Alimentos Energéticos:
Fontes de carboidratos: arroz, milho, centeio, pão, macarrão, batata, aveia, cará, inhame, açúcares, doces, mel, geléia, cevada trigo, aveia, etc.
Fontes de gorduras: creme de leite, amêndoas, amendoim, banha, bacon, manteiga, margarina,etc.
Estes alimentos devem ser consumidos moderadamente, devido o seu consumo excessivo estar associado a incidências de obesidade, dislipidemias e hipertensão arterial. É importante ressaltar que a ingestão de alimentos ricos em gordura auxilia na absorção das vitaminas lipossolúveis.

Função Construtora

É a de fornecer “material” para construção e manutenção das diferentes partes do corpo e a reparação dos tecidos que são perdidos com maior freqüência, através de descamações, suor, cicatrizações, dentre outros. Os alimentos que exercem esta função são fontes de proteínas. As proteínas e que são responsáveis pela formação dos anticorpos (protege contra as doenças), e de todos os órgãos do nosso corpo.

Alimentos Construtores:
Fontes de proteínas: ovos, feijão, ervilha, lentilha, soja, grão de bico, leite iogurte, coalhada, carne, etc.
O consumo de leite e derivados torna-se ainda mais importante na terceira idade devido os ossos ficarem mais fracos e são de difícil cicatrização.

Função Reguladora

Regular as funções do organismo, ou seja, facilitar a digestão e absorção dos nutrientes,
fortalecer o sistema imunológico, permitir o bom funcionamento intestinal, proteger a visão, pele e dentes.
Os alimentos reguladores são fontes de vitaminas, minerais e fibras.

Alimentos Reguladores:
Fontes de vitaminas, minerais e fibras: pepino, berinjela, abobrinha, chuchu, cenoura, limão, laranja, goiaba, manga, caju, morango, mexerica, almeirão, acelga, brócolis, escarola, mostarda, salsa, couve e cereais integrais.

Dicas para o idoso ter uma alimentação saudável

- Planejar as refeições diárias. Faça um cardápio bem variado;
- Fazer as refeições em local agradável
- Higienizar sempre as mãos antes das refeições.
- Se possível fazer as refeições em companhia de outras pessoas.
- Não ficar preso às regras de etiqueta.
- Preparar refeições atrativas e saborosas
- Comer devagar, mastigando bem os alimentos.
- Cortar os alimentos em pedaços pequenos, moer, ralar, desfiar ou alterar sua textura.
- Tomar líquidos devagar, gole por gole.
- Variar alimentos e forma de prepará- los.
- Utilizar com moderação óleos vegetais para preparar as refeições.
- Não cozinhar com gordura animal (banha, toucinho).
- Reduzir o consumo de açúcar e sal. Retirar o saleiro da mesa;
- Incentivar o consumo de frutas e hortaliças. Usar leite e derivados desnatados, pães integrais, arroz integral;
- Comer de 3 em 3 horas;
- Dar preferência à água e sucos naturais. Evitar refrigerante;
- Usar com moderação alimentos ricos em cafeína (café, chocolate, chás,etc.)
- Não substituir refeições por guloseimas e lanches;
- Ingerir diariamente um produto probiótico (leite fermentado, iogurtes,etc.)
- Evitar consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
- Manter o peso dentro dos limites saudáveis.
- Praticar atividade física após orientação com um profissional;

Para garantir o recebimento adequado de todos os nutrientes, é
importante ter uma alimentação balanceada e diferenciada!!!!

Elaboração: Daiane do Carmo (nutricionista)
Mariana Braga Neves (nutricionista)

Fonte: Nutricio

O Dia do Nutricionista – 31 de agosto - é comemorado nessa data, em virtude da criação da Associação Brasileira de Nutricionistas – ABN, que ocorreu no mesmo dia, no ano de 1949. Essa Associação foi substituída pela Federação Brasileira de Nutricionistas e atualmente, pela Associação Brasileira de Nutrição – ASBRAN. Desde essa data que o Sistema Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas – CFN/CRN comemora o Dia do Nutricionista com diversas atividades nos Estados. (Texto: CFN - 2005)
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Fisioterapia - Fisioterapeuta


A Fisioterapia é campo de atuação profissional na área da saúde que se responsabiliza principalmente pela prevenção e tratamento das disfunções do movimento humano. O objetivo da Fisioterapia é intervir no movimento corporal humano e, por meio do próprio movimento e outros recursos físicos minorarem as disfunções e desconfortos ocorrentes, ou impedir o aparecimento destes. O perfil do fisioterapeuta que se pretende formar inclui forte sensibilidade social e sólido conhecimento teórico e prático das disfunções mais recorrentes, de interesse da fisioterapia, portanto com abordagem generalista. O profissional deverá apoiar-se em seguro conhecimento das ciências básicas, das possibilidades de prevenir o aparecimento de anormalidades, reconhecer a disfunção, diagnosticar, tratar e manter a saúde.

Além disso, a função social da Fisioterapia na busca da saúde integral do ser humano é enfatizada em todas as disciplinas, atividades e ações do curso, sendo a preocupação principal dos responsáveis pela administração do Departamento (Coordenadores, chefes de Departamento e Professores) garantir as condições para tal propósito.

Fonte: http://www.unitau.br/cursos/graduacao/biociencias/fisioterapia








Fisioterapia na terceira idade

A qualidade de vida na terceira idade tem sido motivo de amplas discussões em todo o mundo, pois existe atualmente uma grande preocupação em preservar a saúde e o bem-estar global dessa parcela da população para que tenham um envelhecer com dignidade.O envelhecimento é acompanhado por alterações fisiológicas graduais, porém progressivas, e num aumento da prevalência de enfermidades agudas e crônicas. É comum ocorrerem distúrbios musculoesqueléticos, endócrinos, cardiovasculares, pulmonares, neurológicos, psiquiátricos, entre outros, que podem resultar em perda da função, que sem intervenção adequada e em tempo hábil causa a institucionalização precoce dos idosos.

As principais mudanças decorrentes do envelhecimento são aumento na quantidade de gordura no organismo, diminuição da força muscular, osteoporose (diminuição da massa óssea), ligamentos e tendões mais fracos, diminuição dos reflexos de ação e reação, diminuição da coordenação e habilidade motora e da aptidão física. Com isso, as pessoas apresentam menos equilíbrio e assim ficam sujeitas a quedas, que constituem a primeira causa de acidentes em pessoas acima de 60 anos. Dependendo do caso, essa queda pode resultar em uma fratura normalmente grave, devido à diminuição da massa óssea.
Muitas alterações fisiológicas atribuídas ao envelhecimento são semelhantes àquelas induzidas pela inatividade imposta e provavelmente podem ser atenuadas ou até mesmo revertidas pelo exercício.

Portanto, o exercício físico é definido como uma atividade física que é planejada, estruturada e repetitiva; que resulta na melhora ou manutenção de uma ou mais variáveis da aptidão física.

Na terceira idade os exercícios que atuam revertendo perdas como a da massa muscular e massa óssea, são os mais eficazes, já que contribuem para uma maior autonomia funcional, como pegar um neto no colo ou ir ao supermercado.

A fisioterapia, cujo objeto de estudo é principalmente o movimento humano, vem colaborar lançando mão de conhecimentos e recursos fisioterapêuticos, com o intuito de melhor compreender os fatores que possam acarretar perda ou diminuição da qualidade de vida e bem-estar nos idosos; podendo o fisioterapeuta contribuir, além da reabilitação, na conscientização da população idosa quanto à importância da prática regular de exercícios físicos, exercendo seu papel de agente promotor de saúde e colaborando para o envelhecimento bem sucedido, trazendo independência para as atividades de vida diária (subir e descer escadas, lavar louça, pentear os cabelos, etc), no intuito de minimizar as conseqüências das alterações fisiológicas e patológicas do envelhecimento, garantindo a melhoria da mobilidade e favorecendo uma qualidade de vida satisfatória que é julgada pelo idoso mais pelo nível funcional e grau de independência do que pela presença de limitações específicas e isoladas como, por exemplo, dores articulares, seqüelas de AVE.

É necessário que os idosos participem de programas educativos, pratiquem regularmente exercícios, que se tenham mudanças no ambiente (tais como retirada ou fixação de tapetes, instalação de faixas antiderrapantes no piso e barras de suporte no banheiro e em corredores) e orientações sobre os perigos. Para isso, é preciso restabelecer a segurança e a auto-estima; promover a reeducação funcional; aumentar a força muscular; o equilíbrio; a coordenação e a propriocepção; trabalhar a melhora da marcha (se necessário, com o uso de acessórios); além de exercícios de transferência de peso.

Dessa forma, baseando-se nas condições psico-físico-sociais, o fisioterapeuta é capaz de atuar desde a atenção básica até reabilitação, participando efetivamente na transformação social que se faz necessária à saúde e buscando, através de uma relação terapêutica, promover, aperfeiçoar ou adaptar o indivíduo a uma melhor qualidade de vida.

Drª Marcela Oliveira Imaginário
Fisioterapeuta do Núcleo Fisioline
Crefito 2/ 70057-F
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Terapia Ocupacional - Terapeuta Ocupacional


A Terapia Ocupacional é caracterizada pelo tratamento através de atividades. Estas sendo aplicadas de maneira direta ou indireta, física ou mental, ativa ou passiva, preventiva, corretiva ou adaptativa. As mesmas são relacionadas às necessidades terapêuticas, pessoais, sociais e culturais do cliente, refletindo os fatores ambientais que influenciam sua vida.

Terapeutas Ocupacionais trabalham com déficits físicos, mentais (transtornos psíquicos e cognitivos) e sociais; ou seja, com tudo que dificulte ou ameace a funcionalidade do homem (criança, adulto ou idoso), para que este não seja excluído da sociedade, ou seja, a Terapia Ocupacional é o tratamento das condições físicas, mentais e sociais, através de atividades específicas para ajudar as pessoas a alcançarem seu nível máximo de funcionalidade e independência.

As áreas de desenvolvimento desta profissão são vastas, pois a incapacidade funcional pode e é causada por vários fatores (congênitos, stress, traumas físicos, psíquicos e neurológicos, dentre outros). Daí a importância do Terapeuta Ocupacional em creches, escolas regulares e especiais, hospitais psiquiátricos, hospitais clínicos e cirúrgicos, fábricas, empresas, centros de dependentes químicos, centros de recuperação social, centros de recuperação nutricional, asilos, albergues, consultórios, etc.

Resumindo: O profissional de Terapia Ocupacional busca recuperar a função humana, elevar o perfil das ações motoras e mentais, reabilitar através das atividades, promover o indivíduo na esfera biopsicosocial, ou seja, recuperar o homem em sua totalidade. Portanto, deve ser aplicada onde houver limitação funcional, seja de caráter físico, mental ou social.

Fonte: http://www.terapeutaocupacional.com.br
Autora: Érika Nobre

TERAPIA OCUPACIONAL NA TERCEIRA IDADE

Quantas vezes não teremos todos ouvido esta frase: "Quando isso acontecer, poderei morrer"!

Há expressão que mostre mais claramente até que ponto somos impelidos por um objetivo vital concreto? Por que, então, essa rejeição tão taxativa da terapia ocupacional por parte dos velhos?

Permito-me recordar umas palavras de um psicólogo:

"Até agora, tem-se tratado do tema partindo de duas idéias errôneas: primeiro, que o velho se sente feliz desligado da sua atividade profissional; segun do, que tem a. inteligência prejudicada. Nem uma coisa nem outra é verdade. Por um lado, com a velhice, aumentam as aptidões para aquilo em que se trabalhou durante toda a vida; por outro, pode abrir-se um campo novo de atividade. Um exemplo: com muita freqüência, os funcionários públicos que se aposentam por limite de idade caem no vazio e morrem; já na polícia alemã se verifica um dos maiores índices de longevidade. Por que será? Muito simples: só entram na corporação aos vinte e um anos - o que quer dizer que tiveram a possibilidade de aprender outra profissão - e são aposentados aos sessenta: isto é, ainda podem dedicar-se a uma nova atividade ou cultivar determinado gosto ou inclinação".

Cultivar determinado gosto ou inclinação, este é o ponto em que se costuma falhar. O homem, geralmente obcecado pelo seu trabalho, não só não cultiva as suas inclinações como as rejeita inconscientemente, não aconteça que o distraiam da sua "luta pela vida". Quanto à mulher, também tem as suas razões: "Já me bastam as tarefas da casa"; "o meu trabalho é um trabalho sem fim".

Assim como deveríamos procurar conhecer sempre os limites da nossa própria vida com relação à vida que nos rodeia, embora estejamos imersos nela, deveríamos também aspirar a que o trabalho ocupasse na nossa existência o seu lugar preciso e deixasse pelo menos uma janela aberta através da qual as nossas inclinações pessoais pudessem respirar. Porque, ao chegar a velhice, "o homem - diz o prof. López Ibor - recupera a liberdade perdida e pode dedicar-se ao que sempre lhe interessou e que, pelas necessidades da vida, não pôde realizar".

Lembro-me agora da minha avó materna que, aos setenta anos, começou a escrever poesia e se dedicou a aprender piano, aliás, diga-se de passagem, com pouco sucesso. Ou, para sermos mais universais, de Sócrates, que, depois de ter sido condenado a tomar cicuta, se pôs a aprender a tocar harpa. Aos discípulos que lhe perguntavam por que se empenhava nisso, sabendo que lhe restava tão pouco tempo de vida, respondeu-lhes com um sorriso de impressionante naturalidade: "Para sabê-lo quando morrer".

A história antiga e de épocas posteriores retém nomes de pessoas cuja produção artística, intelectual, etc., foi notável nas últimas idades da vida. Já Cícero mencionava no seu De senectute o caso de Sófocles, que compôs tragédias na mais alta velhice. Parecendo que descuidava por causa dessa ocupação a administração dos bens familiares, os filhos pediram a sua interdição. Diz-se que o velho narrou então aos juízes a tragédia que acabava de escrever, Édipo em Colona, perguntando-lhes se lhes parecia que estava fora do seu juízo. Foi absolvido.

Goethe terminou o seu monumental Fausto aos oitenta e dois anos, Lamarck concluiu a sua História natural também depois dos oitenta, Cervantes terminou o D. Quixote aos sessenta e oito.

Entre os pintores, Ticiano trabalhou quase ininterruptamente com grande criatividade até os noventa e nove anos: um dos seus quadros mais famosos, A batalha de Lepanto, foi pintado aos noventa e oito. E Michelangelo traçou o plano da grande cúpula de São Pedro aos setenta e oito.

Entre os compositores, Verdi compôs Otelo aos setenta e quatro anos e Falstaff aos oitenta; Haendel escreveu aos setenta e dois anos o seu Triunfo do tempo e Rossini a sua Missa quando beirava os noventa.

Se não há dúvida de que, ao chegar a certa idade, o ser humano tende a perder a memória mais recente e a "viver de recordações", isso acontece quando desiste de levar a cabo uma atividade, quando deixa de interessar-se pelas coisas, quando não faz o esforço de situar-se no dia de hoje e encará-lo de olhos postos no futuro. Quantas vezes não ouvi afirmações como esta, de lábios de pessoas de quase oitenta anos:

- Eu não vivo no passado. Tenho lembranças, como sempre as tive, mas vivo o dia de hoje. E a morte não me assusta: será uma passagem.

Isso mesmo queria dizer a minha tia - a única irmã viva de meu pai, que mora num lar de senhoras idosas nos arredores de Barcelona -, quando me confiou:

- Só peço a Deus que me conserve isto pelo tempo que me reste de vida. Aqui sinto-me feliz, vou à Missa, dou longos passeios, organizo números cômicos que representamos para grupos de crianças, e respiro o ar puro e o aroma dos pinheiros e das plantas. Que paz!

Um espírito simples, que precisamente na sua velhice vive a fase mais criativa da sua vida. Talvez tivesse nascido para isso, para dar alegria e fazer rir os outros, mas só agora viera a descobrir essa vocação que as circunstâncias lhe tinham ocultado.

Não lhe perguntemos pela sua infância e juventude, enquanto a acompanhamos num passeio pelos "seus" laranjais e fileiras de beringelas; será sempre parca em palavras. Mas peçamos-lhe que nos mostre as suas fotografias mais recentes: disfarçada de galã, com bigode, chapéu-coco e bengala; vestida de noiva, envolvida num lençol que se arrasta pelo chão a modo de cauda; ou encarnando uma menina travessa, de bochechas coloridas, um grande laço de papel na cabeça e uma corda de pular na mão...

- No fim, as freirinhas choravam de tanto rir - comentará.

E leremos alegria em cada uma das suas tensas rugas, no seu rosto redondo e no seu olhar.

"Nos olhos dos jovens, há claridade; nos dos velhos, luz", escreveu Jouvert.

Autores: Clara Janés / Luz María de la Fuente
Fonte: http://www.portaldafamilia.org
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Fonoaudiologia - Fonoaudiólogo


É a ciência que se ocupa da pesquisa, da prevenção, do diagnóstico, da habilitação e reabilitação da voz, da audição, da motricidade oral, da leitura e da escrita. O fonoaudiólogo cuida das questões ligadas à comunicação oral e escrita. Ele trata deficiências de fala, audição, voz, escrita ou leitura. Pode atuar em parceria com fisioterapeutas, otorrinolaringologistas, neurologistas e psicólogos. Com dentistas, tratam de males que podem causar ou agravar problemas ortodônticos, como vícios de mastigação e deglutição.

O envelhecimento, além de ser considerado externo à pessoa, não tem uma data de início definida e, por não ser bem vindo, não é comemorado como se faz com a infância, adolescência e idade adulta. Sem se dar conta o tempo voa, os cabelos embranquecem, a pele enruga e, de repente, o adulto se torna um velho. O mais comum é sentir que perdeu seu lugar na sociedade, na família, no trabalho. Por outro lado à sociedade também não sabe como acolhê-lo.

De tempos para cá, o número de idosos aumentou ainda mais. Nos EUA a expectativa de vida, que no início do século era de 47 anos, atualmente é de 74 anos. 12% da população é composta por pessoas de mais de 65 anos. No Brasil essa população ocupa a fatia de 4,9% e no estado de São Paulo equivale a 5% (SEADE 1992).

A velhice, em todas as suas manifestações, nem sempre é muito analisada por ser considerada a fase menos agradável da vida.
Mas antes temos que responder algumas questões como:
Quando o indivíduo começa a envelhecer? A partir de que momento considera-se o indivíduo um idoso?

Existem muitas controvérsias: alguns autores consideram o início do envelhecer a partir dos 25 anos, idade na qual se atinge o desenvolvimento máximo. Outros adotam 65 anos como sendo a idade legalmente considerada de início da velhice (Douglas, 1994). Já outros autores sustentam a idéia de não rotular 65 anos como a idade do aparecimento dos sintomas da velhice.

A verdade é uma só: o momento do início, assim como a forma e a velocidade em que a velhice se instala dependerá das características pessoais de cada indivíduo e/ou das influências do meio em que vive (Douglas, 1994).
A demanda da população idosa tem se mostrado cada vez mais significativa para o mercado fonoaudiológico. Por esta razão sentiu-se a necessidade de conhecer mais sobre o processo de envelhecimento das funções vitais.

MAS COMO A FONOAUDIOLOGIA PODE AJUDAR A TERCEIRA IDADE?

FONOAUDIOLOGIA É A PROFISSÃO DA ÁREA DA SAÚDE QUE PESQUISA, PREVINE, E TRATA AS ALTERAÇÕES DE AUDIÇÃO, VOZ E FUNÇÕES VITAIS COMO SUCÇÃO, MASTIGAÇÃO E DEGLUTIÇÃO.

A atuação fonoaudiológica envolve a aplicação de medidas de caráter amplo (imunizações, aconselhamento, planejamento familiar, etc.) dirigidas às doenças em seu aspecto global e implica também em medidas específicas, (orientações e aconselhamento), algumas a serem aplicadas antes mesmo que a doença ocorra e, outras, em qualquer estágio da evolução das patologias da comunicação.

O que mais evidencia no processo de envelhecimento são as alterações da comunicação. Essas mudanças interferem negativamente no idoso, uma vez que conduz a redução dos estímulos vitais, face a ausência do exercício do sistema comunicativo que propicia a ação de múltiplos órgãos e sistemas, cuja a missão primordial não é a linguagem, mas que repercutem na compreensão e produção da linguagem, como também as dificuldades nesta área, segregam ainda mais o idoso, cristalizando o quadro de preconceito social existente, o que pode levar o idoso a uma vida inativa, isolada, impulsionando-o em direção à deterioração das condições psíquicas e físicas, não só pela redução das atividades físicas e intelectuais que este fato gera, como também pela solidão, ansiedade e deterioração da imagem pessoal; tudo decorrente da incapacidade ou dificuldade de se comunicar.

Podemos afirmar que a origem de muitos distúrbios da voz e da fala encontra-se na desarmonia do nosso sistema neurológico, físico, psicológico e social. A gagueira, a rouquidão, os vícios de pronúncia, os tremores na voz, a rigidez na articulação, a variabilidade da altura, do tom e de timbre, os transtornos na ressonância, alterações na deglutição e etc, podem ser resultados de um funcionamento anormal de um ou de vários dos conjuntos dos sistemas mencionados.

Daí a necessidade de um pronto diagnóstico fonoaudiológico, a fim de que se possa dar o necessário encaminhamento, como também a responsabilidade do fonoaudiólogo de informar e sensibilizar a todos que oferecerão serviços a essa população, evitando assim maiores danos à saúde.
Em suma, a atuação fonoaudiológica está baseada numa abordagem, onde procuramos trabalhar a comunicação dentro de manifestações bio-psico-sociais.
A VOZ, A FALA E O CORPO RELATAM MUITO DE NOSSA SAÚDE; CONTENDO SINAIS QUE NÃO PODEMOS DESPREZAR SENDO INDICATIVOS DE PROBLEMAS NEUROLÓGICOS, ORGÂNICOS, PSICOLÓGICOS E FUNCIONAIS.

PATOLOGIAS QUE PODEM SURGIR NA TERCEIRA IDADE

Presbiofonia: envelhecimento da voz
Embora o processo de envelhecimento seja progressivo e inevitável, existem grandes diferenças entre indivíduos na forma e extensão com que as alterações ocorrem. Diversas pesquisas demonstram que pessoas com a mesma idade cronológica exibem diferentes níveis de performance cognitiva, sensorial, motora e qualidade vocal, que dificulta a identificação da idade pelos ouvintes.

Considera-se como um o período de máxima eficiência vocal dos 25 aos 40 anos, sendo que a partir dessa idade ocorre uma série de alterações estruturais na laringe. O inicio do envelhecimento vocal, seu desenvolvimento e o grau de deficiência vocal dependem de cada indivíduo, de sua saúde física e psicológica e de sua história de vida, além de fatores constitucionais, raciais, hereditários, alimentares, sociais e ambientais, incluindo aspectos de estilo de vida e atividades físicas, desta forma é possível a modificação do curso das alterações vocais do envelhecimento através de exercícios, boa nutrição e estilo de vida saudável, o que explica como alguns atores, cantores ou outros profissionais da voz atuante, as alterações na voz devido ao envelhecimento podem ser menos proeminentes ou mesmo não ocorrer.

Alterações respiratórias, tensões musculares, problemas de postura, podem gerar o mau uso dos mecanismos do aparelho vocal impedindo uma voz natural.

Presbiacusia - envelhecimento do aparelho auditivo: É uma das perdas que mais prejudica a capacidade de comunicação. A exposição a ruídos, estresse, uso de certos medicamentos e deficiências alimentares são alguns fatores da perda auditiva. A queixa típica do idoso com esse quadro é que escuta, mas não entende o que lhe é dito.

Disfagia - dificuldade em engolir o alimento: As causas mais comuns são os problemas neurológicos como AVC, TCE, Parkinson, Mal de Alzheimer, miastenia gravis, distrofia muscular, esclerose lateral amiotrófica, paralisia cerebral, entre outros.

Distúrbios da motricidade oral: são mudanças anatômicas e/ou funcionais do mecanismo oral que podem afetar diretamente a fala e outras funções, como mastigação e a deglutição. As causas mais comuns são ausência de dentes, problemas periodentais, atrofia dos músculos mastigatórios, prótese mal ajustada e podemos também encontrar alterações na deglutição e linguagem nas doenças neurológicas.

ALTERAÇÕES MAIS COMUNS ENCONTRADAS

diminuição do paladar (não consegue mais sentir plenamente o gosto dos alimentos, ocasionando aumento na adição de temperos)
diminuição da saliva
lentidão na hora da mastigação, seja pelo envelhecimento dos órgãos como a língua ou por uso errado da prótese (dentadura)
ter que fazer o ato de engolir várias vezes para que o alimento todo desça
dificuldade em engolir alimentos duros, fibrosos e secos
engasgos freqüentes e tosse após engolir
a voz torna-se grave em mulheres e aguda nos homens
mau uso de aparelhos de amplificação auditiva
presença de refluxo gastro-esofágico
próteses dentárias (dentadura) mal adaptadas
dificuldade ou incapacidade de escutar e/ou distinguir sons, principalmente em ambientes ruidosos.

Autora: Autora: Drª Juliana Piassi
julipiassi@escelsanet.com.br  - http://www.profala.com/arttf87.htm
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